terça-feira, 24 de novembro de 2009

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um mundo devastado pelo aquecimento global


Podia ser com a gente. Se continuarmos trilhando o mesmo caminho, com certeza será.

Assista a esse vídeo da Oxfam e entenda sobre o que estou falando.

"How can we sleep when our beds are burning?"

Click aqui para ver o documentário.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A década das espécies extintas


A notícia é triste. Como mostra o jornal inglês Guardian, de rinocerontes à espécies de árvores, a década vem declarando o fim de diversas espécies.

Clique aqui para ler a matéria em inglês.

domingo, 18 de outubro de 2009

O verdadeiro nó está no crescimento

Essa é uma entrevista que fiz com Barontini, publicada em 26 de junho, no Mercado Ético

A questão do crescimento econômico é o principal ponto de tudo o que envolve a sustentabilidade. Essa é a opinião de Giovanni Barontini, doutor em Direito Internacional Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Florença e sócio da Fábrica Éthica Brasil, uma consultoria em Sustentabilidade. Ele afirma que pouco importa uma empresa cortar 30% ou 40% de suas emissões se, na verdade, seus planos são de crescimento e, portanto, de maior poluição.

Barontini acredita que as ferramentas para aferir a sustentabilidade, como indicadores e protocolos, são importantes, mas não tão significativas quanto a mudança de mentalidade da população e das corporações. “As pessoas querem salvar o Planeta, mas ainda não descobriram que elas são o Planeta”, diz.

Eis a entrevista.

A sua atuação leva em conta níveis estratégicos na corporação. Como incorporar sustentabilidade como meta?


Em primeiro lugar, eu não sei se sustentabilidade deveria ser uma meta ou, muito mais, uma atitude ou filosofia permeando todos os níveis da organização. Quando falamos em metas sustentáveis, existem vários impedimentos, que vão desde a melhoria dos impactos sociais e ambientais - daquilo que diz respeito aos processos, operações, serviços e produtos - até a outra ponta, que, ao meu modo de ver, nenhuma empresa no Brasil e pouquíssimas no mundo estão tratando, que é o verdadeiro nó da sustentabilidade: o crescimento.

Independente de como se consegue diminuir o impacto socioambiental, tem que se perguntar como isso dialoga com a questão do crescimento. Se uma empresa diminuir esse impacto em 30% ou 40% mas planejar duplicar ou triplicar a produção, obviamente para o planeta e para a sociedade os resultados finais serão muito mais nocivos. Quando a gente fala em meta, o que tento passar para as empresas é o seguinte: a primeira coisa é entender qual é a noção ou acepção que vamos adotar nesse tema. Se estamos falando de sustentabilidade como forma de gestão, modelo de negócio, como filosofia, necessariamente é preciso considerar a questão do crescimento - ou então vamos falar de sustentabilidade como está sendo tratada hoje, de forma banalizada. Qualquer ação, maior ou menor, seja no âmago do negócio ou na periferia, é qualificada de sustentabilidade e é jogada dentro de um grande caldeirão, onde entra filantropia, marketing social, investimento social privado. Na verdade, tudo fica meio homogeneizado e perdemos um pouco o fio da meada.

E o que seria sustentabilidade para uma empresa?

A meu modo de ver é algo que tem que estar se referindo necessariamente à questão do crescimento. É começar a se perguntar como podemos reestruturar essa sociedade capitalista, de consumo, sobre a essencialidade dos produtos. Por exemplo, estou produzindo determinados bens, mas será que são realmente necessários? Será que o cidadão precisa disso? Será que no futuro, com um consumidor mais esclarecido e mais consciente, esse tipo de bem continuará a ter valor? É uma discussão muito de futuro, mas também voltada para o presente para analisar como podemos reconstruir essa sociedade e qual o papel de minha empresa nesse contexto.

Um dos palestrantes da Conferência Ethos deste ano ressaltou o interesse do empresário pelo lucro, mesmo que esteja envolvido em atividades ditas sustentáveis. Existe algum outro apelo para o empresário que não seja o de ganhar cada vez mais?

Acho que sim. Tudo depende de quem é esse empresário. Quando falamos de empresa, referimo-nos a um leque muito amplo, que abrange as companhias de capital aberto, que têm muitos acionistas anônimos, quase sempre exigindo resultados financeiros de curtíssimo prazo, até aquelas empresas que têm uma conotação familiar, que têm um dono, muitas vezes mais preocupado e sensibilizado com determinadas questões.

Acho difícil generalizar, mas vejo que a atividade empresarial não tem como único fim gerar lucro. O lucro é muito mais um instrumento para que a empresa possa cumprir determinadas funções sociais, entre as quais também remunerar seus acionistas e seus donos. Mas, em geral, acho que essa visão de que o empresário só visa o lucro é bem ultrapassada. É uma visão, que, na verdade, tem sua base em um equívoco de usar todas as métricas de avaliação do sucesso em nível macro, como o PIB dos países, até chegar às empresas mesmo, onde você pode medir o sucesso de acordo com base na receita operacional, nos lucros.

Quando você traz outros indicadores de bem-estar, qualidade de vida, satisfação e, em última análise, a felicidade - inclusive a dos próprios donos - você vê que muitas vezes esse sucesso não traz esses outros valores agregados. Então qual é o indicador que estamos usando? Qual é a métrica? Se basearmos esses medidores somente na geração de receita e lucros, vamos ver que, de certa forma, não estamos descrevendo a realidade como ela é. É uma realidade feita também de seres humanos com suas realizações e frustrações.

Com relação à política corporativa, você acha que ela pode influenciar o comportamento dos funcionários?

No processo de transformação de uma empresa, existe uma dimensão que é a da cultura organizacional. Como é que esse grupo de pessoas vive, quais são os valores de referência para suas atitudes, comportamentos etc. Eu estou cada vez mais convencido de que a pessoa jurídica, a empresa, é uma ficção. Ela não existe. O que existe de verdade é uma somatória de pessoas físicas, que são aquelas que realmente estão lá, de alguma forma definindo esse ser: a empresa.

Então é certamente importante que, ao lado da expansão do processo de consciência dos indivíduos, haja esse processo de transformação da consciência e cultura organizacional. De fato certas atitudes, posturas, metas comecem a ser rediscutidas e, aos poucos, comecem a ser readaptadas a um contexto diferente, que hoje clama por questões mais sustentáveis, por uma ética na questão dos negócios.

Hoje se discute muito as metas de emissão de carbono que devem ser estabelecida em Copenhagen. Sustentabilidade só pode ser alcançada no longo prazo?

Acho que não. Essa é uma grande ilusão da experiência humana, que divide o tempo em passado, presente e futuro. Na verdade, as únicas chances que temos de mudança estão no presente. Porque presente é o único tempo em que a gente realmente vive. Por exemplo, quando temos alguma expectativa do futuro, estamos tendo isso agora. Assim como fazemos uma avaliação do passado. Fazemos isso no presente. Sustentabilidade somente existe no presente, porque esse é o único tempo a nossa disposição.

Mas existem metas para se alcançar no futuro, não é?


Claro. Mas o fato é que muitas vezes as metas são utilizadas de uma forma pouco ideologicamente honesta de procrastinar a tomada de atitude. Como eu sei que tem umas metas lá na frente para serem alcançadas e não podem ser feitas agora, isso, de alguma forma, me dá um sentimento de inércia e eu não faço nada. É tão enorme essa tarefa de construir um outro tipo de sociedade, que eu acho que não tenho condição de fazer isso agora. O equívoco é esse. Uma caminhada de mil quilômetros começa com o primeiro passo. Se esse primeiro passo não é dado no presente, não haverá nenhum futuro diferente do lugar que já estamos indo.

Você acredita que estamos dando esse primeiro passo?

Acho que muitas coisas estão acontecendo. Mas me parece que o nível de consciência coletiva não está ainda preparado. E muito mais do lado dos ambientalistas, dos praticantes de sustentabilidade, do que do lado das empresas.

Como assim?

Hoje tem o ambientalista que quer salvar o planeta. Ele continua a reproduzir exatamente a mesma separação e a mesma fragmentação, que está na base da insustentabilidade da sociedade. Ele diz que quer salvar o planeta separado de mim. Eu posso destruí-lo ou salvá-lo. Mas certamente eu não atingi o entendimento de que eu sou o planeta. Então, certamente, a sustentabilidade começa aqui comigo, nesse momento. Não há outro tempo possível para agir. Então, infelizmente, você vê que tanto as empresas de um lado quanto o próprio movimento da responsabilidade social, continuam ambos dialogando em um contexto muito de visão dual, em que se vêem separados. Ainda não compreenderam que só se trouxerem o planeta como parte integrante do meu ser é que eu vou poder de fato transformar alguma coisa.

Você acredita no real poder dos consumidores em exigir mudanças das companhias?

Na sociedade da comunicação, como está organizada hoje, o consumidor não tem acesso às informações fundamentais que lhe permitiriam agir e influenciar. Por exemplo, eu, que, como bom italiano, sou consumidor de massa. Sempre comprei determinada marca já na Itália e que também existe no Brasil. Descobri em um livro, que essa marca, do ponto de vista acionário, está nas mãos de uma fabricante de armas. Então, se o consumidor tivesse nos rótulos a informação de uma massa de quem está por trás dela, quem é, na verdade, esse grupo que está oferecendo esse alimento, dependeria somente dele tomar a decisão de comprar ou não. O consumidor não tem esse poder porque, na nossa sociedade, ele não está informado. Mas se ele estivesse e fosse colocado na posição de optar de forma consciente, aí sim, poderia influenciar.

Os trabalhos que você desenvolve são baseados no Sistema Operacional Integral. Como colocar as idéias de Ken Wilber na vida real?

As idéias do Ken Wilber são muito reais. Na verdade ele oferece um mapa para gente enfrentar todos esses dilemas que a gente tem na vida concreta. Tanto que ele não é um filósofo desses mais cheios de teorias abstratas. Ele se preocupa em dar esse fundamento prático.

A idéia é que para a gente transformar a realidade precisamos agir no interior do indivíduo, ou seja, nos seus valores, na sua visão de mundo, na conduta, tanto como funcionários de uma empresa, donos de negócios ou cidadãos; no interior do coletivo, que é a cultura organizacional das empresas, e no exterior coletivo, que abrange mais ferramentas como indicadores e protocolos.

Essa última, já começamos a fazer, porque é a mais fácil. É muito fácil para uma empresa criar um código de conduta, que é um instrumento. Mas é muito mais difícil você sensibilizar sobre os valores e as consciências das pessoas que precisam usar esse código de ética.

As pessoas acabam virando robôs?


Exato. Eventualmente eles podem implementar um código de ética porque alguém mandou a instrução para fazer isso. Mas não vai funcionar se, de fato, elas não forem sensibilizadas na consciência.
Então, a idéia de Ken Wilber é mais ou menos essa. Não vai surtir efeito verdadeiro na área da sustentabilidade se a gente se obstinar a trabalhar somente nesses aspectos de ferramentas, indicadores, protocolos, convenções, códigos de ética e de conduta. Essas são apenas parte das ferramentas que precisamos para, de fato, mudar a realidade em que vivemos.

Além desse quadrante, outro ponto abordado pelo SOI é a espiritualidade. Você acredita que ainda exista espaço para assuntos ligados ao espírito no mundo de hoje?

Se você me permitir, não há nem como se fazer essa pergunta, porque espiritualidade entendida como nossa capacidade de acessar a divindade que está dentro de nós, é uma experiência que cada indivíduo já faz no seu nível, no seu tempo, na sua cultura. Às vezes faz-se isso atrelado a uma religião. Você faz isso em uma igreja em um templo hebraico, budista. Mas na verdade se perguntar isso é como se perguntar se um empresário tem alma, tem coração, emoções? Óbvio que sim. É um ser humano. O que nós fizemos é fingir que isso simplesmente não existe. É fingir que a gente vive como na ponta do iceberg. È uma bela metáfora do iceberg de Ken O’ Donnel, dizendo que na vida corporativa nos acostumamos a viver na ponta da montanha de gelo. Tudo aquilo que acontece na vida corporativa parece que não deixa espaço ao sentimento, ao pensamento, às aspirações, às pequenas ambições ou frustrações. Tudo isso acontece em um nível subconsciente que quando explode já obviamente decreta conflitos já insolúveis, porque não foram integrados na luz da atuação da empresa.

Então, acho que espiritualidade é uma das chaves para transformamos a realidade. Claro que não aquela espiritualidade abstrata, de nos fecharmos em um mosteiro. É a espiritualidade entendida como uma ascensão para um mundo interior, para um autoconhecimento, que nos ajuda a exercer nosso papel de CEO, diretor de empresa, consumidor, cidadão.

Então, onde estamos e para onde vamos?

Estamos em uma sociedade capitalista, somente focada no ter. Todos os modelos e referências de sucesso, de beleza, de bem-estar são baseados em consensos somente materialistas. Para onde a gente vai é um lugar onde conseguiremos nos apropriar daquilo que é realmente importante na vida, em que possamos ter uma maior simplicidade, que pode significar, na vida real, que precisemos de menos produtos e menos coisas para sermos felizes. Portanto, a própria atividade empresarial, a dinâmica de trabalho será repensada e reestruturada radicalmente.

Existe esse bicho-papão do desemprego. O trabalho é um valor importante, mas ele não pode ser colocado acima de qualquer outro valor. A gente está caminhando para uma sociedade onde as pessoas poderão trabalhar menos e ter mais tempo a disposição para cultivar uma qualidade de vida e outras atividades que não reconhecemos como realmente importante.

Uma pesquisa do Canadá, com empresários em ponto de morte, perguntou o que realmente foi importante na vida deles. As respostas sempre estão relacionadas aos afetos, aos amores, às relações. Muito dificilmente a pessoa lembra essas coisas efêmeras como promoção de gerente júnior para sênior. Todos sabemos o que é realmente importante. Mas parece que existe um véu entre os nossos olhos e a realidade. E o nosso desafio é esse. Temos que derrubar esse véu e reestruturar a sociedade ao nosso redor de uma forma mais saudável. Afinal, acho que sustentabilidade é isso.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Time has come

Meio clichê dizer que "A hora chegou". Como diriam meus antepassados indígenas, "Hora do que, cara pálida?".

Mas vamos manter o clichê vivo. Já viram o clipe novo da música Beds are burning? Desta vez, em vez dos australianos do Midnight Oil, o video começa com um breve discurso de Kofi Annan e é cantado por artistas como Lily Allen, Marion Cotillard, Fergie, Duran Duran e Scorpions.

Ficou muito bom. Vamos ver se agora convece um ou dois neguinhos a serem mais sustentáveis.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Greenpeace no Ártico

Assista ao video do Greenpeace sobre o derretimento das geleiras no Ártico.
Triste!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sr. Walker X Sr. Weeler

A vida imita a arte ou o contrário?